De onde vem o Design Sprint?
Design Sprint é uma metodologia ágil criada em uma empresa braço do Google, a Google Ventures. O Designer Jake Knaap foi percursor do Design Sprint, em 2010, quando trabalhava no Google. Em 2012, ele levou esse jeito de trabalhar para o Google Ventures onde ele foi aperfeiçoado o processo.
Como funciona o Design Sprint?
A metodologia utiliza de cinco etapas, que são divididos exatamente em cinco dias, para conceber uma ideia em algo tangível e testável.
Antes de partir para as cinco etapas, é preciso definir o problema ou desafio a ser resolvido. Também é preciso selecionar uma equipe de profissionais, de preferência multidisciplinar.
Apesar de não existir uma regra normalmente a equipe é composta por pelo menos um Designer, um Product Manager (a pessoa que conhece a fundo toda o desafio ou produto), um Stakeholder (a parte interessada no negócio) e um Desenvolvedor ou alguém com um conhecimento mais técnico, dependendo do desafio, claro.
E para fechar, existe um mediador, ou facilitador, para ir guiando a empreitada para que não se perca o foco e comandar as sessões coletivas.
As 5 etapas do Design Sprint
Definido isso, vamos para as 5 etapas. Os cincos passos são divididos e focados em objetivos específicos separado em cinco dias da semana, para que o tempo seja devidamente organizado e otimizado:
1° dia – Entender
A segunda-feira é a etapa de mapear e entender o problema. Pesquisar, entender, levantar hipóteses e elaborar ideias.
2° dia – Desenhar
A terça-feira é a etapa de desenhar, de esboçar as ideias mapeadas no passo anterior. Você revisa as ideias existentes, mesclando e refinando-as.
3° dia – Decidir
A quarta-feira é a etapa de decidir qual caminho seguir. Você confronta as hipóteses e escolhe a melhor rota para solução do problema ou desafio. Essa é aparte de filtrar o que será utilizado e descartar o que não será. Com isso você transformará tudo o que for utilizar em um storyboard, com o plano detalhado passo a passo o que será o seu protótipo.
4° dia – Prototipar
Na quinta-feira é a etapa de prototipar. Literalmente mão na massa. A ideia é construir um protótipo baseado no storyboard criado no passo anterior. Aqui cria-se um protótipo garantindo que tudo estará ok para que possa ser utilizado e testado na próxima etapa.
5° dia – Testar
A sexta-feira é a etapa de testes. A ideia é testar o protótipo com pessoas e aprender com os resultados e feedbacks obtidos. Ao final, você reúne todas as informações colhidas nessa parte e decidi sobre a continuidade e aplicação real daquela ideia.
Quando usar o Design Sprint?
O Design Sprint pode ser uma ótima opção para validar uma ideia em pouco tempo e gastando pouco dinheiro.
A metodologia do Design Sprint pode ser utilizada por startups que estão no início, cuja as ideias ainda estejam um pouco turvas. Ou para empresas já estabelecidas que queiram desenvolver um novo produto ou serviço, usando esta metodologia mais disruptiva, porém muito conectada com a realidade.
Ele pode ser uma alternativa aos brainstorm, ou outros processos criativos, já que é algo mais prático e próximo da realidade.
Também pode ser útil para formação de equipes de futuros projetos, pois você pode observação o comportamento em grupo e individual dos participantes.
É uma opção para se testar de maneira inicia e de forma mais rápida, funcionalidades e processos mais complexos, evitando assim desperdícios de tempo e dinheiro.
E pode ser uma opção ao MVP (Mínimo Produto Viável), pois é mais rápido de se chegar a um percepção e validação do projeto.
Qual a diferença básica entre Design Thinking e Design Sprint:
O Design Thinking é uma abordagem (ou filosofia, como alguns preferem chamar) que se apropriou do pensamento do Design para criar projetos inovadores.
Sendo assim, enquanto o Design Thinking é uma abordagem a ser incorporada em um projeto e ao longo do seu desenvolvimento as ferramentas são escolhidas de acordo com a necessidade, o Design Sprint é um passo-a passo para produzir e testar ideias em 5 etapas (entender, criar, definir, prototipar e validar) distribuídas em apenas 5 dias com uma sugestão bem fechada de ferramentas que funcionam melhor neste processo. Tudo isso porque o seu principal objetivo é focar em um “problema” e validar o seu sucesso junto ao usuário sem altos investimentos de desenvolvimento.
Dito tudo isso, temos de um lado um modo de pensar (Design Thinking) e de outro uma receita prática (Design Sprint), ambas colocam o usuário no centro das atenções. Logo, quando estamos fazendo um Design Sprint estamos praticando o Design Thinking.
Quer conhecer a metodologia a fundo? Acesse diretamente o site criado pelo Google Ventures e acesse a ferramenta na íntegra: www.gv.com/sprint
Fonte: Chief of Design/David Arty , Des1gnon/Alexandre Weber e Medium.com/Rafael Torrez