Para compreender bem o conceito de growth hacking, é necessário antes conhecer a origem da expressão. O termo foi cunhado em 2010, por Sean Ellis (ex-líder de Growth do Dropbox e do LogMeIn e fundador do Qualaroo e do GrowthHackers).
Na época, Ellis analisou empresas com um crescimento acelerado e descobriu que elas tinham alguns pontos em comum relacionados a esse crescimento.
O que Sean Ellis viu em comum nessas empresas foi:
- Fugiam do marketing tradicional: isso significa que estas empresas buscam formas inovadoras de divulgar sua marca e seu produto/serviço.
- Tinham times dedicados a growth com uma formação bem heterogênea: as equipes focadas em growth hacking possuíam profissionais das mais diversas áreas, desde pessoas com pensamento analítico e científico até aqueles com perfil mais criativo.
- Faziam rigorosas otimizações baseadas em análises e dados: isso significa que não havia espaço para “achismo”: tudo precisava de informações para ser confirmado ou refutado.
Além disso, Ellis também percebeu que estas empresas tinham um processo de growth hacking bem estruturado, ou seja, um passo a passo para implementar melhorias e fazer com que a empresa tivesse um crescimento sustentável.
Enfim, growth hacking é uma forma de trabalhar o crescimento de seu negócio, com base na construção empírica de melhores práticas, a partir de hipóteses e experimentos.Na prática, a linha de raciocínio é muito simples:
- Focar esforços no principal problema/alavanca da empresa;
- Pensar em melhorias para o esse foco e priorizar as melhores ideias;
- Modelar a forma mais simples de testar essa nova ideia e aplicá-la;
- Garantir que você aprender com seus sucessos e insucessos;
- Usar esse aprendizado para gerar novos testes.
Por que o processo de growth hacking é tão importante?
Existem três razões pelas quais implementar um processo é essencial para aplicar o growth hacking na sua empresa de forma que possa ser replicado:
1. O crescimento vem da soma de vários crescimentos pequenos
Hacks milagrosos são muito raros; em vez de tentar achar aquela bala de prata que vai fazer sua empresa crescer rapidamente da noite para o dia, é melhor buscar várias soluções com taxas de crescimento mais “realistas”.
No final, o somatório dessas várias melhorias vai levar a um crescimento exponencial.
2. Possibilita rodar vários experimentos ao mesmo tempo
Experimentos demoram: é preciso uma enorme quantidade de dados para dar a eles alguma relevância estatística. E para colher os resultados, é preciso tempo. Por isso, se você não rodar experimentos em paralelo, vai demorar muito para obter todas as análises necessárias.
Além do mais, é preciso levar em conta que a maioria dos experimentos – cerca de 80% – falha, então é preciso realizar vários até que se consiga de fato encontrar uma melhoria.
3. Acumula aprendizado e gera mais ideias para otimização
A estruturação de um processo possibilita a geração de aprendizado. Mesmo quando um experimento não traz resultados positivos, é possível aprender com ele e pensar em novas formas de melhoria.
Mas afinal, isso não é burocratizar o growth hacking?
A resposta é: sim.
Mas, no final de contas, essa burocratização vale a pena.
Por onde começar uma estratégia de growth hacking?
Para construir uma linha de raciocínio em cima disso, vamos desdobrar “melhoria de performance” em duas grandes frentes:
- Otimizar os processos que já existem na sua empresa;
- Fazer o “feijão com arroz”, que é basicamente criar processos que já foram validados pelo mercado.
De forma geral, fazer o “feijão com arroz” nos permite melhorar o desempenho muito mais facilmente do que qualquer otimização, e não são poucos os exemplos de empresas que quebram tentando criar algo totalmente novo sem ao menos fazer esse básico bem feito.
A metodologia do growth hacking nos ensina que o foco das empresas deve será o crescimento,de forma escalável e dinâmica, onde tecnologia e criatividade se combinam de “n” formas, gerando possibilidades únicas e inéditas de negócio para novos e “velhos” negócios.
Fonte: Resultados Digitais/Franco Zanette