Todo ou quase todo o conceito de estratégia que as empresas praticam hoje em dia foi concebido por Michael Porter, em 1980 com o lançamento do seu livro, Estratégia Competitiva, mundialmente conhecido e admirado.
Vivemos hoje numa sociedade da informação, consumimos informação o tempo todo, através de nossos celulares e computadores e estamos quase 24 horas plugados; temos uma necessidade quase patológica de interação virtual que nos leva muitas vezes a não perceber a realidade concreta ao nosso redor, interagir de fato, com os cinco sentidos com o que nos cerca, inclusive marcas, produtos e serviços.
Neste ambiente hiper conectado, onde virtual e real estão quase se tocando, Michael Porter e seus ensinamentos sobre estratégia e diferenciais competitivos são cada vez mais importantes e necessários para que as empresas consigam de destacar e garantir o seu crescimento a médio e longo prazos.
Afinal o que faz a marca A se destacar da B? O que faz com que optemos pelo produto X e não o Y? O que mais me atrai neste serviço do que aquele?
De forma simplificada e objetiva, são os diferenciais competitivos relevantes, aqueles que proporcionam oportunidades de negócio mais “suculentas” para as empresas. Empresas que sabem interpretar os conceitos de Porter, trazê-los para a nossa realidade hiper informativa e conectada e assim desenvolver produtos e serviços que tenham a preferência de seus clientes e consumidores.
O lema da estratégia competitiva é ser diferente. Significa escolher, de forma deliberada um conjunto diferente de atividades para proporcionar um mix único de valores.
Empresas são mecanismos vivos, dinâmicos e nervosos; o que era bom ontem, talvez amanhã não faça mais sentido, daí a importância de criarmos culturas corporativas onde flexibilidade e agilidade sejam ativos dominantes. As empresas devem ser flexíveis para reagir com rapidez às mudanças competitivas e de mercado.
E neste ambiente volátil, onde a informação é talvez o ativo mais valioso de todos, as empresas devem estar 100% atentas ao uso da informação como uma vantagem competitiva de fato e não mais uma simples ferramenta que possibilita a transmissão e propagação de dados. No mundo de Porter, dados sozinhos não fazem mais sentido, grandes bases de dados que não estão a serviços da inteligência estratégica da empresa são caras e obsoletas. Para Porter, a tecnologia da informação exerce efeitos poderosos sobre a vantagem competitiva, tanto no custo, quanto na diferenciação.
E pensando nisto o que sua empresa tem feito de fato para extrair da informação diferenciais competitivos de peso, que aumentem a rentabilidade do negócio, que gerem oportunidades de crescimento substanciais?
Michael Porter é uma fonte quase inesgotável de possibilidades estratégicas, são “n” combinações de oportunidades estratégicas, que devidamente planejadas e bem calculadas podem mudar a realidade de sua empresa e seu mercado.
No próximo Gestão , Estratégia e Cia vamos “mergulhar” mais a fundo nas estratégias de Porter e descobrir porque segundo ele, as empresas devem buscar, e não evitar, as pressões e os desafios.