A pandemia acelerou a transformação digital no Brasil em 2021. Nesse período, várias empresas e organizações iniciaram processos de transformação digital para implementar um uso mais profundo de tecnologias e digitalizar informações e processos. Mas para que serve a transformação digital? Ela otimiza processos e, consequentemente, melhora o desempenho e os resultados de empresas de todos os setores e portes.
Para viabilizar essa mudança, é importante certificar, treinar e dar às pessoas as habilidades necessárias. Isso porque os changemakers (agentes de mudança, em português) precisam dominar não apenas o gerenciamento de projetos, mas muitas outras habilidades, como as metodologias ágeis e o design thinking.
O estudo Talent Gap, desenvolvido pelo PMI, apontou que, até 2030, as vagas de gerentes de projetos no Brasil devem crescer 5,7%, de 1.903.790 em 2019 para 2.013.174 em 2030. De acordo com o relatório, a economia global precisará de um total de 25 milhões de novos profissionais de projetos até 2030. Para fechar essa lacuna, 2,3 milhões de pessoas precisarão ingressar em empregos voltados para gerenciamento de projetos todos os anos.
O gerente de projetos é a pessoa ideal para orientar as empresas e colocar a transformação digital em prática como forma de alcançar resultados positivos – pois é a figura central nas práticas de gestão de uma empresa, desempenhando um papel fundamental na disseminação da Cultura de Inovação.
Desenvolver competências de gestão de projetos em toda a empresa, promovendo uma cultura de trabalho ágil e treinamento para todos os níveis é essencial nos dias de hoje. O novo ambiente de trabalho exige que as empresas priorizem cada vez mais uma cultura que agregue valor não apenas aos clientes, mas também aos colaboradores – quem deseja manter uma força de trabalho motivada deve garantir que o trabalho seja significativo. Isso criou um ecossistema com diferentes visões de estratégia de negócios e eficiência operacional, além de uma ampla variedade de soluções tecnológicas para gerenciamento de projetos – da nuvem à robótica avançada.
Todos os esforços de mudança são desafiadores, mas os líderes de projetos e programas devem tornar-se proficientes em lidar com três componentes críticos para impulsionar a transformação digital bem-sucedida:
1) Re-Imaginação
Uma nova forma de pensar os negócios. A verdadeira transformação digital não é simplesmente uma questão de digitalizar produtos existentes, ela requer um novo modelo de negócios, um novo foco no produto e novas formas de trabalhar.
2) Transformação cultural
A parte mais desafiadora da mudança organizacional raramente é acertar a estratégia ou a tecnologia, mas sim construir o apoio e ganhar a adesão das pessoas. Líderes de transformação eficazes dominam a arte de lidar com a resistência à mudança de rotinas, de mentalidades e de formas de trabalho estabelecidas e até mesmo queridas.
3) Funcionalidade cruzada
A transformação digital não pode ser alcançada em silos, ela requer uma abordagem multifuncional que corte horizontalmente vários departamentos e funções. Processos de negócios inteiros podem precisar ser redesenhados horizontalmente para catalisar a colaboração entre equipes que podem nunca chegar perto umas das outras no organograma.
A tecnologia é o meio para acelerar a transformação digital; são “ n+1” opções de ferramentas e soluções tecnológicas disponíveis para as empresas atingirem um novo patamar na gestão de seus ativos e resultados. No entanto, a transformação digital vai muito além, o core deste processo está nas pessoas, nos profissionais que fazem uma empresa e são capazes de transformá-la, construindo uma nova realidade, disruptiva e orientada para o bem comum.
Fonte: Forbes