O processo de decisão na sua empresa é guiado por quais percepções? Enquanto gestor, você considera esse racional embasado em dados ou ele é feito de forma “intuitiva”? Com certeza você já deve ter refletido sobre isso em algum momento da história do seu negócio. Mas, se não o fez, vale ponderar sobre esse assunto e te explico o porquê.
Propus esses questionamentos iniciais para apresentar, a seguir, os benefícios do Business Intelligence (BI, na sigla em inglês) ou Inteligência de Negócios, em português, para o sucesso das empresas que buscam se adaptar para estarem à frente nos segmentos em que atuam. O conceito não é novo, mas é bem recente o percentual de companhias que já descobriram o impacto positivo que essa ferramenta é capaz de agregar às suas realidades.
Para se ter ideia, a Pesquisa do Uso de TI nas Empresas de maio deste ano, realizada pelo FGVcia – Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) – mostra que os gastos e investimentos em TI continuam crescendo em valor, maturidade, uso e importância para os negócios atuais e novos modelos emergentes. Nesse sentido, o levantamento demonstrou que 8,7% da receita das empresas é destinada para esse segmento.
Aplicabilidades do BI na Gestão de Negócios
O BI utiliza a tecnologia, por meio da análise de dados, para gerar painéis automatizados que fornecem interatividade. Na prática, ele permite que a empresa tenha insights estratégicos para impulsionar os negócios e embasar, de forma sólida, as decisões de diferentes áreas da companhia. Essa inovação traz retornos positivos, desde o atendimento ao cliente até a otimização da produtividade das equipes.
Com o cruzamento de dados e leitura analítica dessas informações, consegue-se prever quais são as condições mais apropriadas para ações e contato com o cliente. Detalhes como o melhor horário, formatos de campanhas com maior engajamento, tipo de approach e qual o tom usado anteriormente e que foi mais bem recebido pelo público são alguns exemplos de possibilidades que podem ser extraídas para direcionar a estratégia e torná-la mais eficaz.
O BI garante ainda a mensuração total de colaboradores essenciais para um projeto, o meio mais indicado para rodar uma campanha e estabelecer uma ligação com os clientes, por exemplo. Com isso, torna-se mais exato o papel de cada um dentro da equipe, o que consequentemente contribui para elevar a produtividade coletiva.
Outro ponto de destaque é que, ao direcionar a condução do negócio com base nos dados e percepções extraídas a partir deles, as novas decisões tornam-se mais assertivas, de modo a diminuir a necessidade de refação do trabalho.
Para além das oportunidades de uso interno na empresa, a Inteligência de Negócios permite uma leitura mais aprofundada do público. Assim, fica mais fácil entender quais são as dores do cliente, de quais soluções ele precisa e quais são os melhores caminhos para essa oferta, o que consequentemente contribui para a fidelização do consumidor.
Por fim, essa ferramenta viabiliza a análise comportamental do cliente com a possibilidade de mapear futuras intenções e, até mesmo, qual é o padrão seguido por cada um. Isso gera a chance de as empresas agirem preditivamente e proporem produtos inovadores e inéditos.
Trata-se de uma facilidade tecnológica com infinitos destinos de uso, mas ela sozinha não é capaz de agregar ao negócio. Por isso, é imprescindível a correta capacitação dos gestores e equipes que irão manusear esses dados para que sejam capazes de “ler” corretamente as informações e gerar relatórios analíticos robustos.
Vale destacar também a importância de integração do Business Intelligence às demais plataformas da empresa para que os dados gerados sejam uma varredura completa de todos os elementos disponíveis.
Com tantos benefícios disponíveis, o que acha de incorporar essa inovação ao seu negócio?
Vale ressaltar que o uso de uma ferramenta de BI é essencial para a gestão de empresas que já participam de Licitações Públicas ou aquelas que estão sondando a possibilidade de ingressar neste mercado “gigante”, mas carecem de informações consistentes para tomarem uma decisão assertiva, sem achismos, mas com base em indicadores e números que refletem a realidade do segmentos-alvo de seu interesse e apontam tendências e oportunidades.
Fonte: Administradores.com/ Adriano Roncaglia