O valor médio de uma rosa branca no mercado é de R$ 3,50. Com a quantia destinada pelo Senado para a licitação de uma empresa que disponibilizará arranjos por um ano, seria possível comprar quase quatro mil unidades. Ao todo, o órgão desembolsará R$ 13,7 mil.
O valor é apenas um dos gastos curiosos de uma série de oito processos licitatórios que se estenderão até 10 de dezembro.
A compra de gazes, coletes à prova de balas, agulhas, aparelhos de ar-condicionado e até barbeadores custarão aos cofres públicos R$ 7,2 milhões. O Senado irá contratar uma empresa para o fornecimento de 15 aparelhos de ar-condicionado central sob o custo de R$ 326 mil.
A contratação mais cara será a de uma agência de viagens (R$ 3 milhões). Em segundo lugar no ranking, está a compra de nove aparelhos de ar-condicionado (R$ 2,7 milhões) para fornecimento e instalação no datacenter da sala-cofre do Prodasen.
A Secretaria de Polícia do Senado pagará mais de R$ 40 mil por coletes à prova de balas. Ao todo, as peças de segurança custarão até R$ 204,3 mil. Serão cinco unidades de tamanhos PP, P, M, G e GG.
Barbeadores
O órgão irá aquirir, ainda, 50 aparelhos de barbear descartáveis para, segundo o Senado, “tricotomia” (retirada dos pelos antes de uma cirurgia). Os critérios para a aquisição do produto são “lâmina dupla em aço inox, com bom corte, sem rebarbas ou sinais de oxidação”. O produto será comprado junto a itens médico-hospitalares para uso no Serviço Médico de Emergência. O Senado desembolsará R$ 31 mil.
Consta ainda na lista de licitações do Senado a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva, preditiva e corretiva no grupo de geradores elétricos durante 30 meses sob o custo de R$ 835 mil.
A Rádio Senado será contemplada com o fornecimento de distribuidores de áudio, monitores de áudio e mixers de áudio. O preço estimado, por exemplo, dos 12 distribuidores chega a R$ 47,8 mil. Os cinco monitores de áudio custarão R$ 34,8 mil. Todos os equipamentos sairão a R$ 86,4 mil.
O Senado confirmou as despesas aqui levantadas, mas fez uma ressalva. Segundo o órgão, os valores são “o máximo” que serão pagos. “A informação quanto ao valor estimado de cada contratação, que é o máximo a ser pago pelo Senado”, destaca, em nota. O texto completa: “cabe ressaltar que por se tratar de Pregão Eletrônico, a contratação de fato tende a ser efetivada por um valor menor do que o estimado, justamente pela ocorrência de disputa entre as empresas licitantes”, finaliza.
Fonte: Metrópoles/Otávio Augusto